sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O FILHO DO HOMEM E SUA AUTORIDADE

Este sermão foi pregado no dia 05 de junho de 2005, na capela da Congregação Batista Nova Jerusalém, pelo irmão Marcus Paixão.


“19 Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz. 20 Porque o Pai ama ao Filho, e lhe mostra tudo o que faz, e maiores obras do que estas lhe mostrará, para que vos maravilheis. 21 Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer. 22 E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento, 23 a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou. 24 Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. 25 Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão. 26 Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo. 27 E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem. 28 Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: 29 os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5.19-29).

Para compreendermos perfeitamente esta passagem do evangelho de João, nós precisamos voltar para o início do capítulo cinco, onde nos é apresentado um acontecimento sobrenatural. A cura de um paralítico, que já a 38 anos sofria com essa deficiência física.

Estava acontecendo uma festa em Jerusalém, provavelmente era uma das festa de peregrinação que eram observadas pelos judeus. Existia alí um tanque chamado betesda, e uma multidão de enfermos vivia ao seu redor. Os doentes que se reuniam alí sofriam das mais variadas enfermidades e viviam com a falsa esperança de que um milagre ocasionado pelas agitação das águas daquele tanque por um anjo, pudesse curá-los. Este tanque estava situado junto a porta das ovelhas. Uma velha tradição dizia que uma vez por ano um anjo descia e agitava as águas do tanque e o primeiro que descia até lá ficava curado de qualquer enfermidade. Jesus passava junto do tanque quando avistou um paralítico e perguntou se ele queria ser curado da paralisia que o acometia a tanto tempo. Quando o enfermo espondeu positivamente a pergunta de Jesus, este, o curou naquele mesmo instante, ordenando-lhe que se levantasse, recolhesse a maca a qual vivia prostado e andasse, seguisse adiante.

Os judeus depois de terem visto aquele que era paralítico caminhando com o seu leito normalmente, curado, ficaram cheios de indignação, pois aquele era um dia de sábado. Normalmente este deveria ter sido um episódio de grande alegria para aquela comunidade, pois milagrosamente um paralítico havia sido curado e agora caminhava livremente. Mas não foi! Não para os judeus. Eles não se alegraram por ver aquele pobre homem curado, esse sentimento nem se quer passou perto dos seus corações. O que se apoderou deles foi uma ira sem precedentes porque aquele homem carregava o seu leito em um dia de sábado. Que loucura é o pecado. Cega os olhos dos homens para as grandes maravilhas de Deus e abre-os para as coisas erradas.
Quebrar o mandamento de guardar o sábado do Senhor é algo terrível. Os judeus sabiam disso, mas iam além do mandamento. Na realidade, como disse Jesus, eles invalidavam a Lei de Deus com todas as suas ordenanças. Carregar a maca significava para eles a quebra do mandamento. E isso, segundo o que eles entendiam, não era permitido. Aquele era um pecado grave. Aquele paralítico estava quebrando a lei da guarda do sábado. Imediatamente eles abordaram aquele homem e o acusaram da quebra de um dos mandamentos de Deus. O homem respondeu que quem o havia curado, o ordenara que levasse o seu leito. Essa resposta aumentou a indignação dos judeus, pois havia alí outro homem que também não respeitava a lei de Deus, e não guardava o dia do sábado. Eles agora queriam saber quem era o que lhe havia curado, mas o homem que fora paralítico não sabia dizer. Quando então os judeus souberam que fora Jesus quem o curara, começaram a persegui-lo e tentavam matá-lo, pois também eles achavam que Jesus não respeitava os mandamentos que Deus dera a Moisés, no monte, para que o povo obedecesse.

O que nós vamos estudar agora é a converssa de Jesus com os judeus. Uma maravilhosa gama de doutrinas são apresentadas por Jesus Cristo aos judeus. Os judeus interpretavam a escritura de forma completamente equivocada. Para não quebrar nenhuma das leis que o Senhor ordenou a Moisés, eles acabaram criando muitas outras leis, que foram chamadas leis orais. Com isso os judeus viviam debaixo de um total legalismo. Um sistema de leis que chega a ser irracional e escraviza o homem. Eles conheciam bem a escritura e aguardavam a vinda do “Messias”.
Os judeus entendiam perfeitamente que o Messias que haveria de vir era o próprio Deus em pessoa, daí o motivo do ódio que eles tinham à Jesus ao ponto de quererem matá-lo. Não era uma questão de falta de compreensão dos judeus, pois quando Jesus disse ser Ele o Filho de Deus, eles perfeitamente compreenderam que Jesus alí afirmava ser o próprio Deus. Daí o motivo da ira dos judeus.

Jesus começa brilhantemente expondo a eles a sua perfeita divindade e unidade com o Pai. No versículo 19 Jesus diz: “O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz”. (Jo 5.19)

O que é apresentado aos judeus aqui, não é a incapacidade de Jesus em fazer alguma coisa. Jesus está enfatizando a completa unidade entre Ele e o Pai Eterno. Unidade de vontade, a vontade do Pai é a mesma vontade do Filho. O que o Pai quer executar é o que o Filho vai executar. A divindade de Cristo é apresentada aos judeus logo no início do diálogo e com isso Jesus começa expressando a eles a sua autoridade divina para todas as coisas.

O fato de Jesus ter dito que Deus é o seu Pai, deixou os judeus chocados. Aquilo que Jesus falava a respeito de si mesmo e de Deus, soava como blasfêmia para os judeus. Como pode alguém como Jesus se auto proclamar o Filho de Deus? Isto era impossível de ser compreendido por eles. A questão não era mais o paralítico que fora curado no sábado, eles nem pararam para perguntar como Jesus havia feito aquilo, como aquele homem fora curado. A questão inicial, a quebra do sábado, fora esquecida por eles. O ponto em questão agora era a blafêmia de Jesus se dizer o próprio Deus. Isto era pior do que violar o sábado!

Jesus diz que os judeus ainda verão obras muito maiores do que a que tinham visto. Ver um paralítico andar era simplesmente o início do que eles ainda iriam ver. A perfeita comunhão entre o Pai e o Filho não podia ser compreendida pelos judeus. Eles estavam cheios de ira e ódio, tudo o que eles desejavam agora era ver Jesus Cristo morto. Eles não pararam para tentar entender como um paralítico poderia ter voltado a andar. O coração pecaminoso não lhes permitia raciocinar direito. O que será que eles pensaram quando viram aquele homem que era aleijado caminhando livremente? Eles devem ter pensado em muitas coisas, mas nunca veio a seus corações a idéia de que aquele homem fora curado pelo poder de Deus.

Jesus continua a afirmar a sua divindade quando diz que o Pai vivifica os mortos e da mesma forma o Filho também o faz. Esta foi mais uma clara afirmação de que Jesus era realmente Deus. Ele estava dizendo aos judeus que o mesmo poder que o Pai tem, Ele também o tem. O poder do Pai de dar vida, também é o poder do Filho. A pouco tempo atrás eles haviam visto um paralítico que fora curado, agora eles iriam ver os mortos ressussitando. Jesus começa a falar aqui sobre os diverssos tipos de ressurreições. As maiores obras que os judeus ainda iriam ver, estavam prestes a acontecer. Jesus conhecia a sua missão e o que ele ainda iria fazer no meio deles. Ele começa a mostrar aos judeus que durante o seu ministério eles iriam ver mortos se levantando e tornando a vida. Jesus estava se referindo a morte física. Pois o milagre que fora feito no paralítico não poderia ser comparado a o milagre da ressurreição física. Jesus, sendo Deus, sabia perfeitamente tudo o que faria. Ele ainda ressussitaria o filho da viuva da Naim, a pequena Talita voltaria a vida e Lázaro, depois de quatro dias morto, voltaria a viver! Foi por isso que Jesus disse que obras muito maiores do que esta, eles ainda contemplariam. Foi por isso que Ele afirmou que o mesmo poder que o Pai tem de vivificar alguém, também esse poder o Filho tem, de dar a vida a quem Ele quer! Fazer os mortos ressucitarem só é possível a Deus, contudo Jesus revindica esse poder para si mesmo. Ele estava afirmando ser Deus! Ele claramente expressava essa idéia aos judeus, e eles entendiam intelectualmente o que Jesus falava.

Jesus então começa a falar a cerca do julgamento. Este julgamento, o grande julgamento do juizo final também vai ser realizado pelo Filho. Jesus mostra aqui que haverá um julgamento e Ele próprio será o Juiz. Os incrédulos serão julgados e condenados eternamente. Paulo, no livro de Atos dos Apóstolos, no capítulo 17 e versículo 31 diz: “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” (At 17.31).

O homem que julgará o mundo é aquele a quem Deus ressuscitou dos mortos no terceiro dia, aquele que ressuscitou com o corpo glorificado. Ele foi a primícia dos que dormem. Os judeus nunca poderiam acreditar que estavam diante do Eterno Juiz, daquele que pode fazer perecer não só a carne mas também o espírito! João fala deste terrível dia, na sua visão, quando estava preso na ilha de Patmos, ele descreve o julgamento final no livro de apocalipse: “E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo. “ (Ap 20. 11-15). Apesar de Jesus está afirmando que Ele mesmo haverá de julgar a todos, os judeus permaneciam incrédulos.
Agora Jesus diz que o Filho deve ser honrado da mesma maneira que o Pai. Essas palavras pareciam loucura para os judeus. Eles adoravam a Deus somente e jamais adorariam a outro. Toda lei afirma que a adoração pertence ao Deus de Israel, e que não há outro Deus. Quanto mais Jesus falava, mais os judeus entendiam o que Ele estava dizendo e o detestavam ainda mais. Eles diziam: "Aque galileu, filho de José e de Maria, está requerindo a adoração que só pode ser dada ao único Deus". Todas as afirmações de Jesus estavam sendo perfeitamente compreendidas pelos judeus, mas essas verdades não chegavam aos seus corações, porque eles eram endurecidos. Eles não conseguiam ver que Jesus de fato era o próprio Deus, porque eles estavam cegos. Espiritualmente cegos!

Existe uma seita que cresce muito em nossos dias, e que nega que Jesus seja o Próprio Deus. Os membros desta seita se auto denominam as "Testemunhas de Jeová". Eles precisam ler esta passagem! Eles precisam entender que a honra do Filho deve ser exatamente igual a honra do Pai. As palavras de Jesus não deixam dúvidas, Era isso que Ele estava lhes revelando. Com a mesma fidelidade e intensidade e amor que você honra o Pai, você deve honra o Filho, não pode haver diferença porque os dois são dignos, a glória do Pai é a mesma glória do Filho. Você não pode adorar o Pai e negar adoração ao Filho. Os dois são um! Jesus mesmo disse: Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou (Jo 5.23b). Todos que negam a divindade do Cristo precisam muito ouvir isso. Além do mais, esta seita acusa os cristão verdadeiros de politeísmo, por causa da doutrina da trindade, a qual cremos e defendemos. Aliás, Jesus Cristo está apontando exatamente isto para os judeus. A unidade perfeita que há entre o Filho e o Pai. A mesma natureza do Filho é a do Pai. Jesus lhe falou essa verdade abertamente, mas eles não creram. Na verdade, eles é que são politeístas, pois dizem que Jesus é um "deus menor" que o Deus Jeová. Se Jeová é Deus e Jesus é deus, apesar de menor, nós temos dois deuses! Eles estão tão cegos quanto os judeus. São politeístas e sua própria crença revela nitidamente esse fato.

As palavras de Jesus eram ofensivas para eles, que não concordavam com aquilo que estava sendo revelado. Jesus então, começa a apresentar-lhes a única maneira de se obter a vida eterna. Eles precisavam ouvir as suas palavras e Crer naquele que o enviara, o Pai. Os judeus que estavam alí, de fato, ouviam o que Jesus falava, mas de forma natural e humana. Eles simplesmente, mecanicamente, ouviam o que estava sendo dito. As palavras de Jesus foram desprezadas por eles, não entraram em seus corações. Rejeitaram toda a verdade de Cristo. Rejeitaram o Messias que eles tanto aguardaram!
O ouvir que Cristo se refere é a aceitação plena da verdade que ele estava lhes revelando, é a fé genuína que abraça o evangelhoo, é o ouvir no íntimo do ser, no coração. Quando alguém ouvi a palavra intimamente, ela percebe quem está falando com ela, e compreende tudo que está sendo apresentado. Há uma mudança e um temor no homem que verdadeiramente ouvir as palavras do mestre! O Espírito Santo o impulsiona para os braços do Senhor. Essa voz é poderosa, pois é a voz de Deus chamando o pecador perdido e morto, e não há quem possa resistir. E o que acontece nesse momento, no momento em que o pecador verdadeiramente ouvir a voz do Senhor? Ele é regenerado, é limpo dos seus delitos, e é posto em liberdade da escravidão do pecado. Deus verdadeiramente o ressucita dos mortos. Pois ele estava morto em seus pecados!

Aqueles judeus em nenhum momento ouviram essa voz, a voz que produz liberdade e graça irresistível. Jesus disse que eles necessitavam crer em quem o enviara. O Pai foi quem o enviou. E o motivo pelo qual o enviou, foi para Ele salvar o seu povo dos seus pecados. Mateus escreveu: “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.” (Mt 1.21)

A missão de Jesus não era salvar um povo de uma determinada etnia, a questão não era sanguínea ou racial. Ele não veio salvar um povo de uma determinada região geográfica. Se a questão fosse essa, a nação judaica seria inteiramente salva, inclusive esses judeus, que não criam em Jesus. Na realidade, a missão de Jesus foi cumprida, Ele não falhou em nada. O povo a o qual ele veio salvar, era um povo espiritual. Um povo que vai ouvi-lo quando Ele os chamar.

Por isso quem ouvir a sua voz e crer naquele que o enviou, tem a vida eterna. Que maravilhosa dádiva o Filho veio trazer ao homem, a vida eterna. Jesus diz que os que o ouvem e crêem, passam da morte para a vida. Ele agora começa a falar da ressurreição espiritual, que é muito maior que a ressurreição física do corpo. Neste diálogo entre Jesus e os judeus, Ele lhes falou de dois tipos de ressurreição: a ressurreição física do corpo daqueles que morreram fisicamente, e a ressurreição espiritual, daqueles que estavam fisicamente vivos mas espiritualmente mortos. Aqueles judeus estavam todos mortos e não ouviam a sua voz, por isso permaneciam mortos. Este tipo de morte é pior do que a morte física, porque ela leva o homem a perdição eterna, ao inferno. Eles não eram capazes de crer! O que Jesus falava, tinha cheiro de morte para eles. Jesus os adverte de que a hora já chegou, e que os mortos ouviriam a voz do Filho de Deus, e os que ouvirem viveriam. Somente os que ouvirem seriam vivificados pelo Filho. Porque então, os judeus não ouviam a voz de Jesus? A resposta é simples. Paulo diz: “Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade.” (Ef 1. 4-5)

Esses versículos são muito importantes para entendermos o motivo da cegueira espiritual dos destes judeus. Paulo disse que O Pai nos “escolheu”. Em outras traduções, a palavra é “elegeu”. Aí está o motivo pelo qual os judeus não compreendiam a mensagem de Jesus: Foi devido a eleição soberana de Deus. Esta eleição ou escolha, foi feita antes da fundação do mundo, e estes judeus que permaneciam incrédulos estavam de fora, não foram eleitos! Foram deixados em seus pecados, para a sua própria ruína. Por causa dos seus pecados eles estavam rejeitando o Rei da Glória.

Jesus, mais uma vez falava de ressurreição, e os judeus acreditavam na ressurreição dos mortos. Jesus volta a afirmar a sua divindade. Além de ser inseparável de Deus Pai, de mostrar sinais miraculosos, de ressuscitar todos os tipos de mortos, de ser digno de ser adorado da mesma forma e intensidade em que o Deus Pai é adorado, de ser juiz de todos, de ser o salvador do seu povo escolhido, agora Ele diz que tem vida em si mesmo, o que mais aqueles judeus precisavam ouvir para crer? Tudo o que eles ouviram durante toda esta conversa foi a afirmação de Jesus de que Ele era Deus. ter a vida em si mesmo é inquestionavelmente uma afirmação de divindade. Um cristianismo que não abraça essa doutrina, não é cristianismo! Nunca foi, nunca será!

As profecias que atestavam a respeito de Jesus Cristo, na realidade, nunca fora compreendida por eles. Isaias disse: O profeta disse: “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.” (Is 7.14). Isaias diz mais: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. ” (Is 9.6).

Até o dia de hoje os judeus não entendem essa realidade em Jesus Cristo. Eles não acreditam. Essa profecia, dizem eles, não se refere a Jesus Cristo, não pode ser ele, nós não aceitamos isso. Os seus olhos ainda estão tapados, a sua mente continua bloqueada pelo pecado, não conseguem enxergar o que a igreja a dois mil anos vem pregando, que Jesus é o menino que nos foi dado, segundo nos foi revelado no livro do profeta Isaias, que o principado está sobre os seus ombros, que o seu nome é Deus Forte, que ele verdadeiramente e inquestionavelmente é Deus.
Mas chegará o dia em que Ele há de julgar toda sorte de pecados, o dia em que todos estarão diante dele, ajoelhados, tremendo e condenados! O dia em os incrédulos o verão sentado no seu trono e julgando todos “um por um” (Ap 20.13) e se lamentarão. O dia em que o céu e a terra fugiram da presença Dele. Todos estarão diante dele neste dia, os judeus que permaneceram na sua incredulidade, todos, os grandes e pequenos, todos estarão lá, será dia de pranto, de choro amargo, dia de desespero e lamentação, dia de angustia e trevas eternas, dia terrível para os incrédulos. Neste dia, novamente os judeus estarão diante Dele, desta vez a situação será muitíssimo diferente. Eles estarão concientes do que fizeram com Ele. Neste o mesmo Jesus Cristo que foi odiado e morto por eles, será agora o seu juiz e os julgará com justiça e os lançará no inferno (Ap 20.15).

Ele os julgará porque é o Filho do Homem (Jo 5.27), essa é a sua autoridade. Ele jujga com retidão e com toda a justiça. Essa justiça nada tem a ver com a justiça dos homens, que é corrupta e pervertida. É a justiça de Deus!

Toda a humanidade será ressucitada nesse dia (Jo 5.28). Os justos sairão para a vida eterna. Estarão com Deus, viverão com Ele na sua Glória. Os perdidos serão condenados. Esta é a Justiça e o julgamento do Filho do Homem. O único que pode agir em seu favor é Deus, somente Ele e mais ninguém. Por meio de Jesus Cristo, Ele chama todos os homens ao arrependimento, a confissão de seus pecados e a vida!

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